sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mal Entendido


ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PADRE BENJAMIM COPPETTI.

Aluna: Nilza Groderes de Moura
Disciplina: Língua Portuguesa.
Professor: Nadir Bortolini
Turma: N.3
Turno: Noite
Crônica:


MAL ENTENDIDO



O fim de ano se aproxima. Varandas e salas enfeitadas e iluminadas anunciam a chegada do natal, é um corre, corre danado, época de muito trabalho e também de receber visitas de parentes e amigos. Muitas vezes visita de parentes que estavam esquecidos da nossa memória. Foi exatamente a visita de uns desses parentes esquecido que a família de dona Amélia e seu Abelardo receberam na véspera do natal. Carmelita irmã de dona Amélia que reside no Estado Paraná resolveu fazer uma visita surpresa para seus familiares que há mais de trinta anos não os viam e trouxe com ela os filhos, genros noras e netos. Chegaram à casa de Dona Amélia por volta das 19 horas. Apertaram o dedo na buzina anunciado suas chegada, dona Amélia que não estava preparada para receber visita levou um baita susto, pensava que sua irmã nem existia mais!
Dona Amélia se recompôs do susto e recebeu seus visitantes com muita alegria, fez com que todos entrassem e preparou um gostoso jantar. Depois de colocados todos os assuntos em dia era hora de repousar. Todos se recolheram exceto dona Amélia e seu Abelardo que tinham ainda que definir as tarefas da peonada para o dia seguinte. Feito isso dona Amélia e seu Abelardo exausto também se recolheram.
O dia amanheceu um sol forte indicava que o dia seria muito quente e muito trabalho os esperam para o decorrer do dia.  A peonada aguardava as ordens do seu Abelardo que não demorou a distribuir as tarefas, entre elas à colheita do feijão. Seu Abelardo e todos os peões se direcionaram a roça.
Carmelita e seus filhos, genros, nora e netos foram dar um passeio pela redondeza.
. As badaladas do sino indicavam que era hora de regressar para o almoço.
Dona Amélia dava os últimos retoques nas saladas quando um dos seus filhos mais jovem entrou e falou: Mãe a peonada querem chimarrão antes de almoçar, foi quando Abelardo virou-se para sua esposa e falou: Chimarrão antes do almoço não! Esquente a água, serve o almoço a eles e o mate depois! Um dos netos de dona Carmelita que estava por perto ouviu toda a conversa e saiu em disparada! Vó! Vó! Vamos sair daqui rápido!
Dona carmelita não entendia porque do desespero do seu netinho que parecia tão feliz com o passeio e perguntou o que estava acontecendo. Foi quando ele contou a conversa de Dona Amélia e seu Abelardo, que seu Abelardo dava ordens para dona Amélia servir o almoço e depois matá-los. Dona Carmelita mais do que depressa começou arrumar as malas precisavam sair depressa da casa da sua irmã restavam apenas 15 minutos para ser servido o almoço e depois todos seriam mortos. E foi nesse instante que dona Amélia foi até o quarto para avisar que o almoço iria ser servido e viu sua irmã fazendo as malas apressada, dona Amélia quis saber o que estava havendo, mas todos se olharam apavorados e ficaram em silencio sem dizer uma só palavra, dona Amélia insistiu digam-me, por favor, o que houve? Demoraram tantos anos para nos encontramos e agora que nos encontramos já querem partir tão rápido?
Dona Amélia desconfiada sem entender nada chamou seu Abelardo e com lágrimas nos olhos exclamou: Olha Abelardo! A minha irmã ficou desaparecida por mais de 30 anos e agora que nos encontramos ela já está de partida outra vez! Seu Abelardo sem entender o que estava se passando perguntou qual o motivo de tanta pressa. O neto de dona Carmelita que ouvia tudo em silêncio falou: Vamos embora porque depois do almoço vocês vão nos matar!
Matar! Exclamou dona Amélia? Que é isso meu filho?
Da onde você tirou essa ideia? –Eu ouvi quando o tio Abelardo falou: Serve o almoço depois o mate!
Neste instante dona Amélia e seu Abelardo se abraçaram e riam, riam.
 Os visitantes cada vez mais apavorados mais pressa tinham de ir embora daquele lugar. Foi quando Abelardo explicou que havia falado para dona Amélia servir o almoço e depois dar o mate para os peões que haviam pedido. O engano foi desfeito tudo foi esclarecido, foi um mal entendimento já que no estado do Paraná o dialeto é um pouco diferente dos gaúchos, lá o mate nosso popular chimarrão é chamado de Tererê que é um mate gelado e eles não sabiam que para nos aqui no sul  chamamos de mate ou chimarrão e é feito com água quente.
 E o que parecia uma história com um final triste, transformou-se em muitas gargalhadas e abraços e finalmente todos sentaram há mesa um pouco atrasados, mas muito felizes.
                                                                                      Sobradinho, 06 de maio de 2011.

3 comentários:

  1. A crônica acima resultou de um trabalho realizado em sala de aula como Curso Normal.
    Criando uma história onde represente uma história vivenciada ou fictícia, envolvendo significados ou duplo sentidos das palavras.
    O resultado produzido pela aluna Nilza, aqui postado, foi excelente.
    Parabéns, Nilza!
    Professor Nadir Bortolini

    ResponderExcluir
  2. Olá Nadir e Diana!

    Adorei a história e dei muitas gargalhadas...uma escrita p lá de boa e interesante. E o que mais gostei foi que uma atividade do curso de mediadoras se tornou uma atividade do Curso Normal!

    PARABÉNS pelo trabalho Mediadores!

    []'s Betina

    ResponderExcluir
  3. Seu Nadir lendo com atenção a história escrita com as alunas do Curso Normal, ouso dizer que a história delas ficou até melhor que a nossa ...rsrrsrsrsrs
    Parabéns Meninas!

    ResponderExcluir